Connect with us

Investimento

Por que investir lá fora?

Published

on

Investidores brasileiros são estimulados a buscar alternativas no exterior devido às dúvidas quanto à recuperação da economia brasileira, à baixa rentabilidade resultante de uma taxa básica de juros em um dos menores níveis históricos e à decolagem do dólar. Lá fora, as aplicações têm o rendimento atrelado ao dólar ou outra moeda estrangeira.

Regras mais flexíveis nos últimos anos permitiram o acesso a aplicações no exterior não apenas por investidores qualificados (com pelo menos R$ 1 milhão investido), mas também por quem quer investir menos. Dá para investir lá fora com menos de R$ 100.

Algumas alternativas são fundos de investimento, ETFs (espécie de fundos listados em Bolsa de Valores) e BDRs (semelhante a ações de empresas estrangeiras). Opção para diversificar e buscar ganho maior
Os investimentos líquidos dos brasileiros em ações no exterior (ou seja, compras menos vendas), chegaram a US$ 1,57 bilhão nos três primeiros meses deste ano. Já é metade do volume registrado em todo o ano passado (US$ 3,08 bilhões). Em 2019, foram US$ 508 milhões, segundo dados do Banco Central (BC).

A busca por diversificação é um dos motivos que fazem brasileiros irem atrás de produtos além das fronteiras. Felipe Zouain Pedroni, sócio da assessoria de investimentos Golden, diz que o Brasil tem uma participação irrisória no PIB (Produto Interno Bruto) global. Por isso, olhar para produtos financeiros no exterior é a chance de buscar ganhos maiores.

Rodrigo Beresca, analista da Ativa Investimentos, também cita como atrativos a alta do dólar e o comportamento de outras economias, como a americana, parte da europeia e a asiática, em relação à pandemia.

Com sinais de recuperação depois de mais de um ano de pandemia, alguns mercados se tornam mais promissores. O Brasil, por outro lado, explica Beresca, ainda enfrenta um momento muito difícil na pandemia, tem dificuldades com o Orçamento e já antecipou os debates das eleições de 2022. “Isso tudo faz com que os investidores tirem recursos do país e procurem outras opções”, diz.

Ter parte do patrimônio atrelada ao dólar deveria ser comum entre brasileiros, defende Alkeos Saroglou, sócio da Alta Vista Investimentos. Segundo ele, isso pode tornar a carteira mais eficiente mesmo em tempos de crise. Quando se opta por investimentos no exterior, é preciso levar em consideração que são decisões de longo prazo. A diversificação é bem-vinda. Do contrário, o investidor fica exposto apenas aos riscos do mercado brasileiro e deixa de buscar outras possibilidades de ganho em países desenvolvidos, que apresentam um crescimento maior do que o nosso e oferecem uma solidez maior, como os Estados Unidos e a China. Dólar bomba aplicações estrangeiras dentro dos fundos
O número de cotistas brasileiros em fundos de investimento no exterior também tem subido. O crescimento chega a 700% no período entre dezembro de 2019 e abril de 2021.

Além disso, a fatia de aplicações estrangeiras nas carteiras de fundos no Brasil aumentou 45,4% no primeiro trimestre deste ano, de acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

 

Dentro dos fundos de ações e multimercados, esse tipo de ativo foi o que apresentou o melhor retorno. Em boa medida, esse desempenho se deve à valorização de cerca de 9% do dólar em relação ao real, nos primeiros três meses do ano.

Como investir no exterior via fundos?
Fundos de investimento no exterior têm pelo menos 40% da carteira ligada a ativos estrangeiros. Podem ser:
Reuters

Fundo cambial
Aplica a maior parte do capital em produtos atrelados a moedas estrangeiras, em especial o dólar.

Fundo de renda variável
Pelo menos 40% da carteira é aplicada em ativos de renda variável do mercado internacional.

Fundo de renda fixa
Investe em títulos internacionais de renda fixa. Por exemplo, títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

ETFs e BDRs: entenda essa sopa de letrinhas.

ETFs internacionais
O ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo negociado na B3, que replica algum índice de referência internacional reconhecido pela CVM (Comissão de Valores Imobiliários). Cada cota tem um valor. O valor unitário do ETF da Bolsa norte-americana, por exemplo, vale mais de R$ 200. O da Bolsa chinesa é negociado perto de R$ 10. Em alguns casos, as corretoras cobram uma taxa de corretagem. Neste caso, pesquise e compare preços para saber se a taxa inviabiliza a compra da cota. Algumas corretoras oferecem isenção.

BDR
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são recibos negociados na B3 de empresas listadas no exterior. Na prática, são papéis que representam ações de empresas estrangeiras, como Tesla, Google e Amazon. É uma forma de o brasileiro investir em empresas lá de fora sem precisar, de fato, comprar a ação da companhia numa Bolsa estrangeira.

Cuidado com a taxa de performance
Saroglou alerta para um fator importante para quem investe em fundos: a taxa de performance, que pode comer uma parte dos ganhos. A dica é olhar com atenção o prospecto do produto antes de tomar qualquer decisão sobre onde investir.

A maioria dos fundos não cobra a taxa sobre os fundos internacionais, diz Pedroni. Quando ela é cobrada, incide sobre o ganho caso o fundo atinja determinada rentabilidade (acima do benchmark, ou referência, do fundo), definida em contrato. Funciona como uma espécie de bonificação para o gestor do fundo.

Uma observação a ser estudada:

Em alguns casos, a taxa de performance pode ser uma armadilha. O investidor deve saber se o que está atrelado à performance do fundo é compatível com a expectativa de ganho. Do contrário, essa taxa vai ‘comer’ uma parte significativa do que seria embolsado.

Agora que já entendeu mais sobre investir fora do país que tal ampliar seus investimentos?

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Investimento

Fundos Imobiliários

Published

on

O que são?

Divididos em cotas, os Fundos de Investimento Imobiliários são uma união de recursos destinados à aplicação em negócios de base imobiliária, seja no desenvolvimento de empreendimentos ou em imóveis prontos.

Além da aquisição de direitos reais sobre bens imóveis, os FIIs também podem investir em títulos e valores mobiliários que tenham como foco ou lastro principal o mercado imobiliário, como letras de crédito imobiliário (LCI), por exemplo.

Como funciona?

O investimento em imóveis é algo feito principalmente de três maneiras: comprando para revender depois da valorização da propriedade, colocando para alugar ou aplicando em cotas de fundos imobiliários.

Investir em fundos imobiliários é a opção mais simples, já que exige pouco capital para começar e são geridos por especialistas que acompanham diariamente o mercado e fazem a administração do patrimônio do fundo e dos ativos dentro dele.

Dividendos

A maioria dos Fiis possui uma renda mensal que normalmente vem do aluguel de imóveis. Por determinação legal, eles devem distribuir, no mínimo a cada semestre, pelo menos 95% de seus lucros para seus cotistas, de maneira proporcional à quantidade de cotas de cada um.

Além disso, é possível obter retornos também com a valorização da cota, cujo preço unitário pode variar com o tempo, seja influenciado pelo mercado ou por aumento do valor patrimonial do fundo.

Fonte: Banco do Brasil

Continue Reading

Investimento

O que são Fundos de Investimentos?

Published

on

O que são Fundos de Investimentos?

Os Fundos de Investimento têm chamado cada vez mais a atenção de quem investe. Se você gosta de aprender mais a respeito de boas opções para investir seu dinheiro, já deve ter ouvido falar desse tipo de aplicação financeira.

Um Fundo de Investimento é uma modalidade coletiva de aplicação. Há vários tipos de fundos e uma boa parte deles é registrada na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Eles são um mecanismo que reúne o dinheiro de várias pessoas, que também são chamadas de cotistas. Esse fundo tem um gestor que aplicará esses recursos em diferentes investimentos, dependendo da proposta do fundo.

Imagine que todos os seus familiares depositaram quantias variadas em sua conta corrente. O objetivo é que você faça a compra para um grande almoço em família.

Nessa situação, o dinheiro para o almoço se assemelha a um Fundo de Investimentos e você cumpre um papel parecido com o do gestor do fundo. Afinal, é você quem decidirá o que será comprado, em qual supermercado a compra será feita e as quantidades de cada ingrediente. Ficou mais fácil entender como funcionam os Fundos de Investimento, certo?

Em vez de investir diretamente no Tesouro Direto, por exemplo, você compra cotas de um fundo. E este fundo, através de seu gestor, é que vai adquirir título do Tesouro.
A estrutura de cotas permite que todos os cotistas tenham a mesma rentabilidade, afinal o preço de uma cota é o mesmo para todos. Porém, os valores recebidos dependem de quantas cotas você possui. No entanto, vale lembrar que os fundos têm regulamentos bem definidos. Então, é importante conhecê-los muito bem antes de investir, ok?

Conheça os tipos de Fundos de Investimentos
Como dissemos no tópico anterior, existem diferentes tipos de Fundo de Investimentos. Veja, logo abaixo, quais são eles e quais suas principais características:

FUNDO DE AÇÕES:

Como o nome revela, fundos de ações têm como objetivo investir no mercado acionário. Por definição, devem aplicar no mínimo 67% – ou dois terços – do seu patrimônio em ações negociadas em mercados organizados, como bolsas de valores, ou em outros ativos relacionados a esse segmento.Investir em um fundos de ações é uma maneira um pouco mais simples de apostar na bolsa de valores, sem ter de operar diretamente no pregão. Mais simples porque quem toma as decisões de que papéis comprar ou vender não é o investidor, e sim um gestor profissional. Para o investidor, basta separar o dinheiro – que não precisa ser muito – e aplicar.

Por isso, os fundos de ações costumam ser uma alternativa indicada para quem está em busca de uma rentabilidade maior que a dos tradicionais investimentos em renda fixa.Assim como outros tipos de fundos, os de ações também são um investimento coletivo, em que os recursos de vários investidores são aplicados em conjunto no mercado acionário. Os ganhos são divididos entre os participantes, na proporção do valor depositado por cada um.

A soma do dinheiro dos investidores compõe o patrimônio do fundo, que é aplicado por um gestor profissional. Ele decide o que fazer com os recursos segundo políticas predefinidas. Quando as aplicações têm resultado positivo, as cotas do fundo (menor fração do patrimônio) valorizam. O contrário acontece quando o desempenho é ruim.

Rendimento
Por investirem em ações negociadas na bolsa de valores, o seu rendimento acompanha o desempenho delas no dia a dia. É comum que sigam algum índice de referência do mercado acionário – portanto, para saber se o fundo está indo bem ou mal, é importante comparar a rentabilidade dele com a do índice.

FUNDOS CAMBIAIS:

Fundos cambiais são tipos de fundos de investimento que investem em ativos atrelados a moedas estrangeiras. De modo geral, eles são indicados para proteger os recursos do investidor contra as flutuações de moedas fortes, como dólar e euro.

FUNDOS CURTO PRAZO:

Sua rentabilidade está associada à variação das taxas SELIC ou CDI.

São também considerados conservadores quanto ao risco, sendo compatíveis com objetivos de investimento de curto prazo, pois suas cotas são menos sensíveis às variações das taxas de juros.

O crédito do resgate do valor parcial ou total investido pelo cotista deste fundo de investimento costuma ser executado no mesmo dia de sua solicitação.

Fundos de Curto Prazo são Fundos de Renda Fixa que investem em títulos com prazo máximo de 375 dias e prazo médio de 60 dias. Em suma, o seu principal objetivo é reproduzir as variações das taxas de juros e das pós-fixadas.

Antes de saber qual o melhor investimento de curto prazo, é essencial definir quais serão os objetivos financeiros.

Em geral, para avaliar qual o melhor investimento de curto prazo, deve-se analisar os seguintes aspectos:

Liquidez: quando eu solicitar o resgate do investimento, em quanto tempo ele entrará na minha conta?
Carência: qual é o tempo mínimo que devo deixar meu dinheiro investido no produto?
Tributação: qual será a tributação se eu resgatar o valor investido na data que eu precisar?
Risco: qual é a volatilidade do investimento? Até quanto posso ganhar (ou perder)? O investimento possui algum tipo de garantia como o FGC ou Tesouro Nacional?
Rentabilidade: a rentabilidade é fixa? Há alguma previsibilidade?
Para um investimento de curto prazo o investidor não pode correr risco de forma alguma, portanto excluem-se os fundos multimercados, fundos e títulos vinculados à inflação e ações.

Sendo assim, uma das melhores opções acaba sendo investimentos pós-fixados indexados ao CDI.

Nessa linha, entre os produtos financeiros mais indicados para um investimento de curto prazo estão:

Tesouro Selic: título público que varia conforme as oscilações no CDI
CDB pós-fixado: título privado oferecidos pelos bancos e que também segue o CDI
LCI/LCA pós-fixadas: letras de crédito emitidas por instituições financeiras e isentas de imposto de renda. As pós-fixadas são atreladas ao CDI
Fundos de Renda Fixa pós-fixados: investem em diversos produtos como títulos públicos, CDB, LCA, LCI, debêntures, entre outros, facilitando para o investidor.
Porém, é preciso cuidar com a taxa de administração.

Dentro dessas opções, o ideal é procurar aplicações nas instituições financeiras em que você possui conta.

A partir daí então, buscar informações sobre rentabilidade, fazer comparações, e lembrar de incluir os custos envolvidos que são:

Imposto de renda
Taxa de administração
Taxa de custódia
Entre outros
Fundos de curto prazo – Considerações
Normalmente, encontram-se fundos com maior rentabilidade em gestoras independentes e corretoras de valores, sem ligação com grandes bancos.

Com isso, alia-se ao fato de que elas possuem taxas baixas (ou nenhuma) em comparação às corretoras ligadas aos bancos, e oferecem uma boa variedade de produtos financeiros.

Em suma, os fundos de curto prazo precisam de uma analise bem detalhada, pois, devido o seu pouco tempo, é necessário conhecimento e assertividade na hora de sua escolha.

FUNDOS DE RENDA FIXA:

Os fundos classificados como “Renda Fixa” apresentam como principal fator de risco de sua carteira a variação da taxa de juros, de índice de preços, ou ambos. Devem ter pelo menos 80% da sua carteira investida em ativos que estejam relacionados a esses fatores de risco.

Na prática, esses ativos financeiros são, em sua maioria, os chamados títulos de renda fixa, como os títulos públicos federais, as debêntures e os títulos de emissão bancária, como CDBs, LCIs, entre outros.

Podem incluir na carteira títulos que apresentam maior risco de crédito, como os títulos privados, e podem utilizar derivativos tanto para proteção da carteira quanto para alavancagem.

Dependendo dos ativos integrantes de sua carteira e da política de investimento do fundo, os fundos da classe “Renda Fixa” podem receber os seguintes sufixos.

 

Renda Fixa – Curto Prazo

 

A principal característica dos fundos da classe “Renda Fixa” que recebem o sufixo “Curto Prazo” está relacionada ao vencimento dos títulos que compõem a sua carteira, que precisam respeitar o prazo máximo a decorrer de 375 dias, e prazo médio da carteira inferior a 60 dias.

Os gestores desses fundos só podem investir em:

· Títulos públicos federais ou privados pré-fixados;

· Títulos públicos federais ou privados indexados à taxa SELIC, a outra taxa de juros ou a índices de preços;

· Títulos privados que sejam considerados de baixo risco de crédito pelo gestor;

· Cotas de fundos de índice que apliquem nesses tipos de títulos; e

· Operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais.

São considerados conservadores quanto ao risco e compatíveis com objetivos de investimento de curto prazo, pois suas cotas são menos sensíveis às oscilações das taxas de juros.

 

Renda Fixa – Referenciados

 

Buscam acompanhar a variação de determinado indicador de referência (benchmark) definido em seu objetivo. Esse indicador pode ser um índice de mercado ou uma taxa de juros.

Para isso, devem manter no mínimo 95% de seu patrimônio líquido investido em ativos que acompanhem o indicador e ter no mínimo 80% do patrimônio representado por títulos públicos federais, ativos de renda fixa considerados de baixo risco de crédito ou cotas de fundos de índice que invistam em ativos com essas características.

O fundo referenciado mais popular é o chamado Fundo DI, cujo objetivo de investimento é acompanhar a variação diária das taxas de juros praticadas no mercado interbancário. São um pouco mais sensíveis às variações nas taxas de juros quando comparados aos de curto prazo, embora ainda sejam considerados de baixo risco.

 

Renda Fixa – Simples

 

O fundo simples foi criado com o objetivo de oferecer à população alternativa de investimento simples, segura e de baixo custo, que colabore para a elevação da taxa de poupança do país, promovendo um primeiro acesso ao mercado de capitais.

No que se refere à segurança do investimento, os fundos simples devem manter no mínimo 95% do seu patrimônio em títulos públicos federais, operações compromissadas neles lastreadas ou títulos de emissão de instituições financeiras de risco de crédito no mínimo equivalente ao risco soberano. O gestor deve ainda adotar estratégia de investimento que proteja o fundo de perdas e volatilidade. Não são permitidos investimentos no exterior ou concentração em crédito privado.

Devem ser constituídos exclusivamente sob a forma de condomínio aberto e, para reduzir custos, todos os seus documentos e informações devem ser disponibilizados preferencialmente por meio eletrônico.

Além disso, com o objetivo de facilitar o acesso dos investidores a essa alternativa de investimento, o ingresso no fundo simples é dispensando da assinatura do termo de adesão e ciência de risco e da verificação da adequação do investimento no fundo ao perfil do cliente (suitability), se o investidor não possuir outros investimentos no mercado de capitais.

São considerados de baixíssimo risco e de fácil acesso.

ATENÇÃO

Os fundos da classe “Renda Fixa” que recebem os sufixos “Curto Prazo”, “Referenciado” e “Simples” podem utilizar derivativos apenas para proteção da carteira.

 

Renda Fixa – Dívida Externa

 

Mantêm no mínimo 80% de seu patrimônio líquido em títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da União. Em regra não podem manter ou aplicar recursos no país, com exceção de algumas hipóteses previstas na regulamentação, como a aplicação dos recursos remanescentes na realização de operações com derivativos para proteção da carteira.

É um investimento que possui pelo menos 80% da sua carteira investidos em ativos de Renda Fixa, como títulos públicos, debêntures, CDBs e LCI/LCA, e 20% em derivativos.

Fundos Imobiliários (FII) são fundos de investimento destinados à aplicação em empreendimentos imobiliários, o que inclui, além da aquisição de direitos reais sobre bens imóveis, o investimento em títulos relacionados ao mercado imobiliário, como letras de crédito imobiliário (LCI), letras hipotecárias (LH), cotas de …

FUNDOS MULTIMERCADOS

Possuem política de investimento que envolve vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator em especial. Podem investir em ativos de diferentes mercados — renda fixa, câmbio, ações — e utilizar derivativos tanto para alavancagem quanto para proteção da carteira.

Os fundos multimercado têm maior liberdade de gestão e em geral buscam rendimento mais elevado. Por isso, podem ser mais arriscados que outras classes de fundos.

Os fundos multimercados não precisam se sujeitar aos limites de concentração por emissor para investir em alguns ativos, como ações, desde que expressamente previsto no regulamento e o termo de adesão contenha alerta de que o fundo pode estar exposto a significativa concentração em ativos financeiros de poucos emissores, com os riscos daí decorrentes.

São mais compatíveis com objetivos de investimento que, além de procurar diversificação, tolerem uma maior exposição a riscos na expectativa de obter uma rentabilidade mais elevada.

FUNDOS FII

Um fundo imobiliário é uma espécie de “condomínio” de investidores, que reúnem seus recursos para que sejam aplicados em conjunto no mercado imobiliário. A dinâmica mais tradicional é que o dinheiro seja usado na construção ou na aquisição de imóveis, que depois sejam locados ou arrendados. Os ganhos obtidos com essas operações são divididos entre os participantes, na proporção em que cada um aplicou.

As decisões sobre o que fazer com os recursos – tomadas pelo gestor do fundo – precisam seguir objetivos e políticas pre-definidos. Os investimentos podem ser bem-sucedidos ou não, e isso determinará a valorização ou a desvalorização das cotas dos fundos.

São fundos que procuram aliar a segurança de uma carteira de renda fixa com a possibilidade de ganhos do mercado de ações. São fundos que têm sua carteira preponderantemente composta por ativos de renda fixa e o restante por ações ou ativos de renda variável.

FUNDOS MISTOS

Os fundos de investimento mistos (ou multiativos; multi-asset) proporcionam acesso a uma carteira amplamente diversificada.
Os fundos mistos são fundos que investem numa combinação de ações, obrigações e instrumentos de tesouraria (possivelmente complementados por investimentos alternativos). Com base na proporção de ações e obrigações na carteira, podem ser identificadas três variantes: fundos mistos/multiativos defensivos, equilibrados e agressivos. Os fundos mistos flexíveis são uma quarta variante.

  • Defensivos

Os fundos mistos defensivos investem principalmente em obrigações e apenas um montante limitado em ações. Em termos gerais, podemos falar de 25% de ações e 75% de títulos de dívida.

  • Equilibrados

Os fundos mistos equilibrados procuram um certo balanceamento entre ações e obrigações. Cerca de metade investe em ações e a outra metade em títulos de dívida.

  • Agressivos

Os fundos mistos agressivos investem principalmente em ações. Compreendem normalmente mais de 75% da carteira aplicada nos mercados acionistas, sendo o restante dedicado a ativos menos arriscados.

  • Flexíveis

Os fundos mistos flexíveis distinguem-se de outras categorias de fundos pela liberdade da entidade gestora poder variar a percentagem de ações entre 0 e 100%, dependendo das condições do mercado. No entanto, essa possibilidade está bem definida na IFI do fundo e os movimentos extremos estão normalmente excluídos. Um fundo flexível, com uma orientação defensiva, não investirá de repente e de forma massiva em ações, e vice-versa.

Independentemente da sua categoria, os fundos mistos/multiativos são interessantes porque dão acesso direto a uma carteira diversificada, composta por várias classes de ativos.

Como escolher um Fundo de Investimento

Agora que você já sabe o que é um Fundo de Investimento, é hora de entender como escolher fundos que combinem com seus objetivos. Conheça alguns fatores importantes que você deve considerar antes de tomar sua decisão.

Classificação e risco do fundo

 

Como você viu agora pouco, existem alguns tipos de Fundos de Investimentos. Quando você for investir nesse tipo de aplicação, saiba em qual classificação ele se encaixa. Isso é necessário para saber os riscos que você pode correr ao aplicar em um fundo.
Os fundos que priorizam a renda fixa correm riscos diferentes, e potencialmente menores, do que daqueles que aplicam a maioria do patrimônio em ações, por exemplo.
Prazo de resgate
O prazo de resgate nada mais é do que o tempo que você deve esperar para transformar suas cotas em dinheiro novamente. Se esse prazo for curto, isso quer dizer que o fundo tem alta liquidez.
Tenha bastante atenção a esse aspecto. Fundos com prazos muito longos deixarão seu dinheiro “preso” por mais tempo e você não poderá retirá-lo quando quiser, mesmo se acontecer uma emergência.

Taxa de administração

Como têm uma gestão profissional e qualificada, os fundos são mantidos a partir de uma taxa de administração. Tome bastante cuidado nesse quesito, pois, se ela for muito alta, isso pode prejudicar seus rendimentos.
Histórico do fundo
Se alguém pedisse dinheiro emprestado para você, o que você consideraria antes de fazer o empréstimo? Provavelmente, você tentaria descobrir se essa pessoa é confiável ou não, certo?
A mesma lógica vale em relação aos fundos. Verifique há quanto tempo estão no mercado, se já houve suspeitas de fraude e outras informações importantes.

Aplicação inicial

Um Fundo de Investimentos pode demandar uma aplicação inicial mínima, mas esse valor varia bastante. Por isso, é interessante conhecê-lo antes de aplicar. Afinal, de nada adianta escolher um fundo interessante, se o valor da cota não couber no seu bolso.
Todos esses fatores que acabamos de mostrar são relevantes na hora de optar por um fundo. Além disso, conhecer seu perfil de investidor ou investidora ajuda ainda mais a fazer essa análise. Assim, será possível escolher as cotas que mais combinam com você e com a sua realidade.

Como investir em Fundos de Investimentos

Antes de tudo, saiba que é preciso ter uma conta em uma corretora de valores para investir em fundos.

Após escolher sua corretora, veja quais são os fundos que ela disponibiliza. Leia com bastante atenção o prospecto — programa que contém o plano e a descrição de um negócio — e o regulamento de cada fundo.

Essa etapa é muito importante. Portanto, tente entender quem são os responsáveis e os riscos envolvidos. Se precisar, tire todas as suas dúvidas com a equipe da sua corretora.
Depois disso, verifique se os ativos adquiridos pelo fundo combinam com seu perfil e suas metas.

O ideal é escolher a opção que mais se relaciona aos
seus planos. Caso contrário, você pode se frustrar com
os resultados e isso não é legal, concorda?
Uma vez que a aplicação foi feita, lembre-se de acompanhá-la atentamente. Dessa forma, você pode ver se o investimento está indo de acordo com as suas expectativas. Afinal, você quer que eles tenham uma boa rentabilidade, então é bom ficar sempre de olho.

Parece simples, não é mesmo? A boa notícia é que, na prática, investir em Fundos de Investimentos é realmente um processo muito simples.

VANTAGENS DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Por que será que tantas pessoas querem saber como funcionam os Fundos de Investimentos? Isso não é por acaso. Afinal, esse tipo de aplicação tem algumas vantagens muito interessantes. Estas são as principais, veja só:

LIQUIDEZ:

A liquidez ou prazo de resgate é o tempo mínimo que você e deve esperar para converter a sua cota em dinheiro novamente. Existem fundos com maior liquidez, que permitem resgatar o dinheiro em poucos dias.

PRATICIDADE:

Investir em fundos de investimentos é muito pratico, pois a escolha das aplicações são feitas por profissionais especializados. Você não precisa se preocupar pois os gestores cuidarão disso pra você.

CUSTOS:

Como um fundo é composto por varias pessoas, você acaba dividindo os custos administrativos e de corretagem com elas.

ACESSIBILIDADE:

O fundos de investimentos são acessíveis porque não exige que quem investe tenha conhecimentos avançados sobre o mercado financeiro. Além disso é possivel encontrar cotas para diferentes bolsos.

FUNDOS ABERTOS X FUNDOS FECHADOS

Os fundos de investimento podem ser organizados sob a forma de condomínios abertos ou fechados.

Os fundos abertos são definidos como aqueles em que os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer tempo. Na prática, nos fundos abertos é permitida a entrada de novos cotistas ou o aumento da participação dos antigos por meio de novos investimentos, assim como é permitida a saída de cotistas, por meio de resgates de cotas. Entretanto, é importante lembrar que o administrador pode suspender, a qualquer momento, novas aplicações no fundo, desde que tal suspensão se aplique indistintamente a novos investidores e cotistas atuais, de modo a não permitir mais a entrada de novos cotistas ou o aumento da participação dos atuais.

Além disso, o administrador poderá declarar o fechamento do fundo para a realização de resgates, em casos excepcionais de iliquidez dos ativos financeiros componentes da carteira do fundo, inclusive em decorrência de pedidos de resgates incompatíveis com a liquidez existente, ou que possam implicar alteração do tratamento tributário do fundo ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes últimos, sendo obrigatória a convocação de Assembleia Geral Extraordinária, nas condições estabelecidas na regulamentação.

Fundos fechados, por outro lado, são aqueles em que as cotas somente são resgatadas ao término do prazo de duração do fundo. A entrada e a saída de cotistas não é permitida. Após o período de captação de recursos pelo fundo, não são admitidos novos cotistas nem novos investimentos pelos antigos cotistas (embora possam ser abertas novas fases de investimento, conhecidas no mercado como “rodadas de investimento”). Neste caso, as cotas poderão ser negociadas em mercado secundário.

Os fundos fechados podem ser registrados para negociação de cotas em mercados administrados pela BM&FBOVESPA. Assim, quando um cotista pretende comprar ou vender cotas de um fundo fechado, como os Fundos de Investimento Imobiliário – FII, por exemplo, pode enviar suas ordens por uma corretora para o sistema de negociação da BM&FBOVESPA no qual a cota esteja registrada.

Continue Reading

Investimento

Quanto devo investir no exterior?

Temporibus autem quibusdam et aut officiis debitis aut rerum necessitatibus saepe eveniet ut et voluptates repudiandae.

Published

on

A recomendação varia de acordo com o perfil do investidor:

Agressivo: de 20% a 30% da carteira
Moderado: de 12% a 20% da carteira
Conservador: evitar esse tipo de aplicação
Ele não recomenda aplicações no exterior para quem tem perfil conservador porque as oscilações podem ser grandes e frustrar o investidor. Também aconselha quem não conhece bem esses ativos a procurar uma assessoria especializada, que vai ter condições de indicar produtos alinhados ao seu perfil.

Quem tem um perfil mais cauteloso pode aumentar a fatia aos poucos, numa estratégia de longo prazo.

Pode ser um caminho, por exemplo, para quem tem planos de morar fora do Brasil no futuro, porque você constrói seu patrimônio em moeda estrangeira.

Como em qualquer produto de renda variável, investir em aplicações atreladas a uma moeda estrangeira tem seus riscos. Para minimizar possíveis perdas, o investidor pode optar por fundos com hedge, ou seja, com uma proteção que trava a cotação do câmbio e neutraliza esse fator de risco. Com isso, a carteira estará sob a oscilação apenas do preço dos ativos, e não mais da moeda estrangeira.

O mercado de câmbio global muda o conceito com empresária pensativa em terno preto em fundo abstrato com símbolo de dólar iluminado gráfico digital

Para entender melhor o porquê investir fora do país, é preciso conhecer as vantagens de investir no exterior. Nesse sentido, as principais vantagens de investir fora do Brasil são:

Diversificação
A primeira grande vantagem de se investir no exterior é a diversificação proporcionada por esse tipo de investimento. Nesse sentido, ela faz com que o investidor não esteja dependente apenas do mercado do seu próprio país.

Por exemplo, de 2012 até 2016 a bolsa brasileira sofreu bastante, tendo caído mais de 40%. Nesse mesmo período, o dólar saiu da faixa de 1,80 e chegou até quase 4 reais.

Caso um investidor tivesse investimentos no exterior durante esses anos, ele estaria protegido do bear market brasileiro. Além disso, ganharia também com o dólar, que se valorizou quase 100% no período.

É por isso que essa diversificação geográfica é tão aconselhável. Uma vez que ela permite que haja uma redução de risco de um portfólio de investimentos.

Redução de risco
A redução de risco permita pelo investimento no exterior vem justamente do fato de ele ser uma forma de diversificação geográfica. Nesse sentido, ele ajuda a eliminar parte do risco sistemático dos investimentos, sendo que:

Risco sistemático: risco do sistema como um todo, que acabam afetando todas as empresas e tipos de investimentos. Como uma queda no PIB, no consumo, uma recessão, crise política, etc.
Risco não sistemático: risco específico de um ativo ou de um conjunto de ativos. Por exemplo, setores que possuem o risco de perderem mercado consumidor, ou setores que podem perder subsídios do governo.
Como pode ser observado, o risco não sistemático é facilmente diluído ao se investir em empresas de diferentes setores. Por outro lado, o risco sistemático atinge toda a economia, não podendo ser diversificado ao se investir dentro de um só país.

Contudo, ao investir no exterior, o investidor tem a possibilidade de diversificar esse risco sistêmico. Afinal, ele estará se expondo a uma economia diferente. Então, na hipótese de o Brasil passar por uma recessão, parte dos investimentos estarão preservados, fora do país, expostos a uma outra economia.

Vale destacar, contudo, que não é possível eliminar todo o risco não sistemático. Afinal, existem períodos em que uma crise econômica podem afetar todo o mundo. Por exemplo, a crise de 2008, que não só afetou os Estados Unidos, mas também o Brasil.

Exposição à economia mundial
Outra grande vantagem de se investir no exterior é a possibilidade de se expor a toda economia mundial, e não só à brasileira.

Isso é importante porque muitas vezes as empresas negociadas na B3, a bolsa brasileira, possuem atuação apenas interna, no Brasil. Ou seja, não são tão impactadas pelo crescimento mundial.

Contudo, investir em companhias que estão crescendo a nível mundial é bastante interessante. Afinal, dessa forma o investidor consegue se proteger de uma queda do consumo interno e se expor a um mercado consumidor muito maior – o mundial.

Por exemplo, ao investir em ações como Apple, Facebook, Google e Microsoft, o investidor se expõe a empresas que possuem grandes avenidas de investimento ao redor de todo o mundo, e não só em um único país.

Além disso, caso os Estados Unidos passe por uma nova crise financeira, como em 2009, essas empresas americanas sofrem menos do que outras que possuem apenas atuação interna. Afinal, elas podem continuar vendendo em outros país ao redor de todo o mundo menos impactados pela crise.

Potencial de retorno
Mais uma vantagem de investir no exterior é o potencial de retorno que pode ser encontrado em investimentos nas bolsas americanas.

Isso porque existem literalmente milhares de ações sendo negociadas em NYSE e Nasdaq. E não só de empresas, americanas, mas do mundo todo.

Por isso, a possibilidade de se encontrar ativos baratos, sendo negociados com uma Valuation atrativo, normalmente é maior. Isso é ainda mais relevante quando a bolsa brasileira sobe muito. Ou seja, quando existem menos oportunidades por aqui.

Então, ter a flexibilidade de investir no exterior se torna uma grande vantagem. Afinal, será possível encontrar ativos americanos sendo negociados abaixo do seu valor intrínseco, enquanto os ativos brasileiros estão supervalorizados.

Variedade de ativos
Por último, outra grande vantagem de investir no exterior é a variedade de ativos de diferentes setores que podem ser encontrados ao se investir nos Estados Unidos. Enquanto na B3 existem cerca de 400 empresas, nos EUA é possível investir em alguns milhares de ativos diferentes.

Além disso, investindo fora o investidor tem a possibilidade de investir em grandes empresas com atuação global e que estão em setores ainda não desenvolvidos no Brasil.

Por exemplo, ao comprar ações da Apple ou da Microsoft, o investidor passa a ter em sua carteira de investimentos companhias fortes no setor de tecnologia. Sendo que, na bolsa brasileira, não temos empresas como essas nesse setor.

Além do setor de tecnologia, há também o setor de entretenimento, com a Disney e o Netflix, por exemplo. Sendo que também não temos companhias com esse perfil sendo negociada na B3.

Ou seja, não só é possível ter acesso a uma variedade muito maior de empresas, mas também a setores de companhias que sequer são desenvolvidos no Brasil.

 

Continue Reading

Trending